sábado, 26 de setembro de 2015

O GRITO EM SILÊNCIO

É fácil, e até gostoso gritar NO silêncio, serve como desabafo, serve como alívio, serve até para despertar aqueles que cochilam, dormindo ou estão dispersos, abalando muitas vezes aqueles que estão ao redor. Após, o grito NO silêncio temos a sensação de um bem estar, dá um alivio, nos proporcionando alegria na alma e no coração.
Porém, que sensação angustiante é o grito EM silêncio. Totalmente oposto ao grito anterior, porque só Jesus que ouve. É o grito interior, sem som, podemos chamá-lo de implosão, destruindo por dentro e muitas vezes sem abalar  o que esta ao redor por ser tratar de uma explosão interna. Mas ocasionando muitos estragos e destruição pessoal. Geralmente ocasionado por: problemas, desgostos, arrependimentos, decepções, perdas materiais e espirituais.
É o grito que muitas vezes ninguém ouve, nem percebe, mas provoca muitas conseqüências e distúrbios de humor, afetando a personalidade com alterações no comportamento, ficando algumas vezes agressivo, ou em crise depressiva, levando ao isolamento pessoal. O grito EM silêncio leva silenciosamente a morte física e espiritual.
À morte física em virtude da ansiedade e tristeza, leva-nos a perda do apetite, não sentindo prazer em saborear qualquer alimento, perdendo o prazer de estar em convívio com outra pessoa, transformando a vida familiar num verdadeiro inferno.
À morte espiritual por querer o isolamento, o desligamento social e espiritual, não tendo comunhão nem com pessoas, nem com o Senhor Deus Criador de tudo, contrariando a Biblia, como está escrito em Gênesis 2.18 - “Disse mais o Senhor Deus: Não é bom que o homem esteja só; eu lhe farei uma ajudadora que lhe seja adequada”.
Em Isaías 51.3, está escrito – “Porque o Senhor consolará Sião; consolará todos os seus lugares destruídos e a sua solidão como o jardim do Senhor. Nela haverá prazer e alegria, ação de graças e som de cântico”.
Amados irmãos, amigos e leitores, aprendemos que como cristãos, quando damos o grito EM silêncio, só Jesus nos ouve, e quando deixamos que Ele opere em nossas vidas, nos consolando, transformando o nosso mar de angústias e problemas em um paraíso passamos a gozar a alegria de estarmos na presença do nosso Senhor Jesus Cristo, o Consolador da nossa fé.
Tem uma ilustração que conta que numa pregação ao ar livre, sempre aparecia um zombador. Era um embriagado, um incrédulo, um brincalhão. O pregador, um ex-beberão convertido, estava muito entusiasmado, pregando sobre o primeiro milagre de Jesus: As bodas de Caná da Galiléia. O zombador interrogou o pregador:

Como poderia Jesus ter transformado a água em vinho? O pregador fitou  o homem e respondeu com ousadia: - Não lhe posso responder, meu amigo. Só sei dizer-lhe que em minha casa Jesus transformou a pinga em pão, as brigas em amor, a incredulidade em fé e o farrapo que eu era, em um pregador.