É fácil,
e até gostoso gritar NO silêncio, serve como desabafo, serve como alívio,
serve até para despertar aqueles que cochilam, dormindo ou estão dispersos,
abalando muitas vezes aqueles que estão ao redor. Após, o grito NO silêncio temos a sensação de um bem
estar, dá um alivio, nos proporcionando alegria na alma e no coração.
Porém, que
sensação angustiante é o grito EM silêncio. Totalmente oposto ao grito
anterior, porque só Jesus que ouve. É o grito interior, sem som, podemos chamá-lo
de implosão, destruindo por dentro e muitas vezes sem abalar o que esta ao redor por ser tratar de uma
explosão interna. Mas ocasionando muitos estragos e destruição pessoal. Geralmente
ocasionado por: problemas, desgostos, arrependimentos, decepções, perdas
materiais e espirituais.
É o
grito que muitas vezes ninguém ouve, nem percebe, mas provoca muitas
conseqüências e distúrbios de humor, afetando a personalidade com alterações no
comportamento, ficando algumas vezes agressivo, ou em crise depressiva, levando
ao isolamento pessoal. O grito EM silêncio leva silenciosamente a morte
física e espiritual.
À morte física em virtude da
ansiedade e tristeza, leva-nos a perda do apetite, não sentindo prazer em
saborear qualquer alimento, perdendo o prazer de estar em convívio com outra
pessoa, transformando a vida familiar num verdadeiro inferno.
À morte espiritual por querer o
isolamento, o desligamento social e espiritual, não tendo comunhão nem com
pessoas, nem com o Senhor Deus Criador de tudo, contrariando a Biblia, como
está escrito em Gênesis 2.18 - “Disse mais o Senhor Deus: Não é bom
que o homem esteja só; eu lhe farei uma ajudadora que lhe seja adequada”.
Em Isaías
51.3, está escrito – “Porque o Senhor consolará Sião; consolará todos os
seus lugares destruídos e a sua solidão como o jardim do Senhor. Nela haverá
prazer e alegria, ação de graças e som de cântico”.
Amados
irmãos, amigos e leitores, aprendemos que como cristãos, quando damos o grito
EM silêncio, só Jesus nos ouve, e quando deixamos que Ele opere em nossas
vidas, nos consolando, transformando o nosso mar de angústias e problemas em um
paraíso passamos a gozar a alegria de estarmos na presença do nosso Senhor
Jesus Cristo, o Consolador da nossa fé.
Tem uma
ilustração que conta que numa pregação ao ar livre, sempre aparecia um
zombador. Era um embriagado, um incrédulo, um brincalhão. O pregador, um
ex-beberão convertido, estava muito entusiasmado, pregando sobre o primeiro
milagre de Jesus: As bodas de Caná da Galiléia. O zombador interrogou o
pregador:
Como
poderia Jesus ter transformado a água em vinho? O pregador fitou o homem e respondeu com ousadia: - Não lhe
posso responder, meu amigo. Só sei dizer-lhe que em minha casa Jesus
transformou a pinga em pão, as brigas em amor, a incredulidade em fé e o farrapo
que eu era, em um pregador.